Christie Hefner, a filha do fundador da revista Playboy, fez um discurso consistente e com uma aparência bem mais conservadora do que se poderia imaginar. A palestra dela foi cheia de dicas e destaques que merecem atenção das empresas brasileiras.
Começou abordando o fato da concorrência muitas vezes ser entre marcas e empresas, em vez de entre marcas e marcas. Os exemplos dados por ela foram: Virgin x British Airways, Nike x Reebok, Harley Davidson x Honda. As primeiras têm atrás de si alguma atitude, um contato íntimo com o consumidor, um desejo de entendê-lo e de com ele conviver, já as segundas são apenas empresas com nome sobre o teto.
Para a herdeira, a Playboy é marca nesse embate – e eu concordo. É uma marca que soube deixar brincar com seu logo, no que ela chamou de “business do logo”. E o famoso coelhinho se tornou grande parte do negócio da marca, que hoje é vista em roupas, acessórios, bebidas, produtos eletrônicos, carros, quase tudo que as pessoas jamais imaginariam ser linkado com uma revista de nu feminino.
Em tempos de PornoTube e muita pornografia na internet, a empresa vive de licenciamentos, dos canais de televisão, do mundo digital e por último, das revistas, o alicerce da história, o que a aproxima de grandes marcas do luxo mundial, que hoje vivem dos lucros de suas segundas linhas, produtos complementares e parcerias e utilizam as marcas principais como Jean Paul Gaultier, Stella McCartney e Givenchy apenas como fator aproximador, histórico e tradicional.
Mais um ponto de destaque apareceu na sessão de perguntas. Foi a contribuição positiva do conservadorismo da sociedade americana para o negócio, visto pela marca como único e maior oponente aos negócios. Em outras palavras, SEM UM OPONENTE FORTE, NENHUMA MARCA SE ESTABELECE.
Em seguida falou sobre a estratégia dela própria dentro da Playboy, que soube agir no ambiente masculino do pai, que passou o bastão recentemente, profissionalizando o que a “genialidade” de Hugh criou no puro espírito empreendedor e ampliando o negócio para um público mais “familiar”, não apenas masculino.
Ela conseguiu isso? Achamos que sim, afinal hoje ter a marca Playboy em casa ainda significa ser sexy, mas agora sem o apelo que a revista masculina sempre teve.
Imagens: Reprodução
Marcela Barahona - Enviada especial do MKTfocus ao HSM ExpoManagement2009.
9 comentários:
São dicas simples, porém que fazem toda a diferença na hora de se aplicar um negócio. Adorei a parte de citar o "logo" (presente na maioria da indústria de consumo mundial) e da concorrência, que serve de chamariz para qualquer empreitada.
Adorei a postagem, muito mesmo.
Obrigado e abraços!
Leandro Merlllin
*Pontuo no: http://chicachicaboomchic.blogspot.com/
caramba, que post hein meu amigo?
Fantastico a forma como q abordou o assunto e tirou das costas da Playboy de ser somente um trabalho pornografico voltado para o lucro em cima dos desejos e perversoes masculinas! Muito bom...
E espero q a herdeira do coelhinho consiga atingir esses patamares e alcançar ainda novos alvos e publicos para o se destina sem ter q, necessariamente, partir para a exploraçao do corpo!
Sucesso
A Playboy é uma marca muto valiosa que trabalha com diversos tipos de negócios, tem muita estabilidade e sabe bem fazer seu marketing.
BLOGdoRUBINHO
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Realmente é uma marca forte, sinonimo de status, de classe... playboy é estilo de vida, num âmbito bem maior...
caro, seu post foi um dos poucos que verdadeiramente me interessaram hoje, com meus parcos conhecimentos do mundo administrativo ainda sei que o fortalecimento de uma marca durante o passar dos anos é de vital importancia a sua manutenção, atualmente o que mais se ve na estrategia das empresas é a tentativa de "Fidelização" dos clientes, no caso supra a "fidelização" foi apenas um ponto na estratégia atual e futura da marca "Playboy",no entanto o maior "Pulo do gato" da empresa foi tornar sua marca acessivel á outros nichos mercadológicos sem esquecer de seu público original alcançando publicos que eram reticentes á marca e fidelizando seu clientes mais antigos.
melk
http://www.hellboynews.blogspot.com/
Eu concordo absolutamente acerca de que a competição deve ser entre marca e marca. Embora saibamos que uma determinada emrpesa possua a marca, é lógico que essa não fique explícita na interação.
Como bem citado, hoje o Coelho da Playboy está em todos os lugares e muitos o consideram charmoso, estiloso; não o associam, no entanto, ao fato de que ele pertence à revista de nudez.
Seu post é bastante interessante, com especial destaque ao fato de que você escreve muito bem.
=)
O mundo mudou tanto a ponto da marca playboy ser considerada conservadora! hehe
Essa foi uma das pouquissimas postagens que despertaram meu interesse e me prenderam verdadeiramente a leitura!
Bem verdade que meus conhecimentos do mundo administrativo são vagos, por assim dizer. Porem, sei que o fortalecimento de uma marca durante o passar dos anos é de vital importancia a sua manutenção, atualmente o que mais se observa na estrategia das empresas é a tentativa de "Fidelização" dos clientes a todo custo, no caso supra a "fidelização" foi apenas um ponto na estratégia atual e futura da marca "Playboy",no entanto o maior "Pulo do gato" da empresa foi tornar sua marca acessivel á outros nichos mercadológicos sem esquecer de seu público original alcançando publicos que eram reticentes á marca e fidelizando seu clientes mais antigos.
Simplesmente genial!
Ganhou o dia com essa postagem! rsrs muito boa!
Gustavo
Adorei seu comentário no meu blog.
Muitos reclamaram das questões da prova por serem muito longas e nada tinham a ver com as matérias aprendidas na escola.
Além disso houve problemas em vários locais.
Do jeito que o ENEM está sendo feito não vai servir para melhorar a educação, ele perdeu o foco central que seria exatamente a avaliação das escolas para cuidar da qualidade do ensino.
Infelizmente neste governo o próprio MEC perdeu o seu real sentido, já encontrei muita coisa errada no site do MEC depois que esse Ministro da Educação Assumiu e olhe que já trabalho com educação há mais de 30 anos.
Quanto a oportunidades para estudantes muda muito pouco, serão chamados para as universidades aqueles que tiverem a melhor nota e que se sairiam bem em qualquer vestibular normal.
Quanto a questão de ética na política só vai mudar o dia que aprendermos a cobrar nossos direitos e não aceitar mais toda essa palhaçada que está ai.
Não podemos esquecer que um governo não é bom só por ser populista.
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