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12/04/2009

HSM ExpoManagement 2009 - Branding

Outro setor muito abordado no HSM ExpoManagement2009 foi o Branding. Muitos cases de sucesso foram abordados, mas um deles me chamou muita atenção por nunca ter sido mencionado, acredito eu.

Christie Hefner, a filha do fundador da revista Playboy, fez um discurso consistente e com uma aparência bem mais conservadora do que se poderia imaginar. A palestra dela foi cheia de dicas e destaques que merecem atenção das empresas brasileiras.

Começou abordando o fato da concorrência muitas vezes ser entre marcas e empresas, em vez de entre marcas e marcas. Os exemplos dados por ela foram: Virgin x British Airways, Nike x Reebok, Harley Davidson x Honda. As primeiras têm atrás de si alguma atitude, um contato íntimo com o consumidor, um desejo de entendê-lo e de com ele conviver, já as segundas são apenas empresas com nome sobre o teto.

Para a herdeira, a Playboy é marca nesse embate – e eu concordo. É uma marca que soube deixar brincar com seu logo, no que ela chamou de “business do logo”. E o famoso coelhinho se tornou grande parte do negócio da marca, que hoje é vista em roupas, acessórios, bebidas, produtos eletrônicos, carros, quase tudo que as pessoas jamais imaginariam ser linkado com uma revista de nu feminino.

Em tempos de PornoTube e muita pornografia na internet, a empresa vive de licenciamentos, dos canais de televisão, do mundo digital e por último, das revistas, o alicerce da história, o que a aproxima de grandes marcas do luxo mundial, que hoje vivem dos lucros de suas segundas linhas, produtos complementares e parcerias e utilizam as marcas principais como Jean Paul Gaultier, Stella McCartney e Givenchy apenas como fator aproximador, histórico e tradicional.

Mais um ponto de destaque apareceu na sessão de perguntas. Foi a contribuição positiva do conservadorismo da sociedade americana para o negócio, visto pela marca como único e maior oponente aos negócios. Em outras palavras, SEM UM OPONENTE FORTE, NENHUMA MARCA SE ESTABELECE.

Em seguida falou sobre a estratégia dela própria dentro da Playboy, que soube agir no ambiente masculino do pai, que passou o bastão recentemente, profissionalizando o que a “genialidade” de Hugh criou no puro espírito empreendedor e ampliando o negócio para um público mais “familiar”, não apenas masculino.

Ela conseguiu isso? Achamos que sim, afinal hoje ter a marca Playboy em casa ainda significa ser sexy, mas agora sem o apelo que a revista masculina sempre teve.

Imagens: Reprodução

Marcela Barahona - Enviada especial do MKTfocus ao HSM ExpoManagement2009.

9 comentários:

  1. São dicas simples, porém que fazem toda a diferença na hora de se aplicar um negócio. Adorei a parte de citar o "logo" (presente na maioria da indústria de consumo mundial) e da concorrência, que serve de chamariz para qualquer empreitada.

    Adorei a postagem, muito mesmo.
    Obrigado e abraços!

    Leandro Merlllin
    *Pontuo no: http://chicachicaboomchic.blogspot.com/

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  2. caramba, que post hein meu amigo?

    Fantastico a forma como q abordou o assunto e tirou das costas da Playboy de ser somente um trabalho pornografico voltado para o lucro em cima dos desejos e perversoes masculinas! Muito bom...

    E espero q a herdeira do coelhinho consiga atingir esses patamares e alcançar ainda novos alvos e publicos para o se destina sem ter q, necessariamente, partir para a exploraçao do corpo!

    Sucesso

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  3. A Playboy é uma marca muto valiosa que trabalha com diversos tipos de negócios, tem muita estabilidade e sabe bem fazer seu marketing.

    BLOGdoRUBINHO
    www.blogdorubinho.com.br
    www.twitter.com/rubenscorreia

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  4. Realmente é uma marca forte, sinonimo de status, de classe... playboy é estilo de vida, num âmbito bem maior...

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  5. caro, seu post foi um dos poucos que verdadeiramente me interessaram hoje, com meus parcos conhecimentos do mundo administrativo ainda sei que o fortalecimento de uma marca durante o passar dos anos é de vital importancia a sua manutenção, atualmente o que mais se ve na estrategia das empresas é a tentativa de "Fidelização" dos clientes, no caso supra a "fidelização" foi apenas um ponto na estratégia atual e futura da marca "Playboy",no entanto o maior "Pulo do gato" da empresa foi tornar sua marca acessivel á outros nichos mercadológicos sem esquecer de seu público original alcançando publicos que eram reticentes á marca e fidelizando seu clientes mais antigos.

    melk

    http://www.hellboynews.blogspot.com/

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  6. Eu concordo absolutamente acerca de que a competição deve ser entre marca e marca. Embora saibamos que uma determinada emrpesa possua a marca, é lógico que essa não fique explícita na interação.
    Como bem citado, hoje o Coelho da Playboy está em todos os lugares e muitos o consideram charmoso, estiloso; não o associam, no entanto, ao fato de que ele pertence à revista de nudez.

    Seu post é bastante interessante, com especial destaque ao fato de que você escreve muito bem.
    =)

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  7. O mundo mudou tanto a ponto da marca playboy ser considerada conservadora! hehe

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  8. Essa foi uma das pouquissimas postagens que despertaram meu interesse e me prenderam verdadeiramente a leitura!
    Bem verdade que meus conhecimentos do mundo administrativo são vagos, por assim dizer. Porem, sei que o fortalecimento de uma marca durante o passar dos anos é de vital importancia a sua manutenção, atualmente o que mais se observa na estrategia das empresas é a tentativa de "Fidelização" dos clientes a todo custo, no caso supra a "fidelização" foi apenas um ponto na estratégia atual e futura da marca "Playboy",no entanto o maior "Pulo do gato" da empresa foi tornar sua marca acessivel á outros nichos mercadológicos sem esquecer de seu público original alcançando publicos que eram reticentes á marca e fidelizando seu clientes mais antigos.
    Simplesmente genial!

    Ganhou o dia com essa postagem! rsrs muito boa!

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  9. Gustavo
    Adorei seu comentário no meu blog.
    Muitos reclamaram das questões da prova por serem muito longas e nada tinham a ver com as matérias aprendidas na escola.
    Além disso houve problemas em vários locais.
    Do jeito que o ENEM está sendo feito não vai servir para melhorar a educação, ele perdeu o foco central que seria exatamente a avaliação das escolas para cuidar da qualidade do ensino.
    Infelizmente neste governo o próprio MEC perdeu o seu real sentido, já encontrei muita coisa errada no site do MEC depois que esse Ministro da Educação Assumiu e olhe que já trabalho com educação há mais de 30 anos.
    Quanto a oportunidades para estudantes muda muito pouco, serão chamados para as universidades aqueles que tiverem a melhor nota e que se sairiam bem em qualquer vestibular normal.
    Quanto a questão de ética na política só vai mudar o dia que aprendermos a cobrar nossos direitos e não aceitar mais toda essa palhaçada que está ai.
    Não podemos esquecer que um governo não é bom só por ser populista.

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