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1/26/2010

A Hora do Spotify


Há algum tempo atrás quando abordei o fim da era do download na geração Y citei um dos serviços que mais tinha potencial de crescimento em música online, o Spotify.

O novo sistema está caminhando para ser um negócio sustentável na internet, qualquer serviço de mídia com controle total sobre o digital chama muita atenção hoje, porque é algo extremamente raro.

Ainda não disponível no Brasil, o Spotify é um serviço de streaming de música lançado em meados de 2006. Além de ser muito fácil de usar, o serviço se destacou por se posicionar como a ONU no mundo da música agradando gravadoras e usuários, um dos resultados mais difíceis de conseguir no mercado de música online, sendo citado até em relatórios da Federação Fonográfica.

O Spotify possui uma versão gratuita e outra paga e dá acesso a mais de 6,5 milhões de músicas. Tudo legalizado.

Para se tornar um negócio sustentável, o Spotify precisa que 10% de seus usuários assinem a versão paga (premium), que custa EU$9,99 por mês (mais ou menos R$ 25) para sustentar os usuários da versão gratuita. Por enquanto, apenas 5% a assinam, mas o crescimento está mais rápido do que o esperado. Em 2009, 250 mil usuários entraram para a versão paga, que dá direito a versão móvel do serviço, qualidade melhor de áudio, além da possibilidade de ouvir as músicas em modo offline, sem estar conectado à internet, uma coisa quase ignorada hoje.

O modelo de negócios do Spotify em si não tem nada de novo, mas está sendo bem executado. É o mesmo utilizado pelo Flickr, WordPress, Google (Gmail e Google Apps) e outros serviços de grife na web. O gratuito servindo de isca para o pago, a versão paga sustenta a gratuita. Ainda veremos muito disso nessa nova década, podem esperar.

É quase certo que os usuários da versão premium não estão pagando pela música em si, mas por comodidade, experiência e economia de tempo (não ter que ficar procurando por uma música).

Quando a internet saiu do mundo acadêmico e “virou comercial” existia um mito de que ninguém toleraria, de forma alguma, publicidade na web. Hoje a gente vê que as coisas não são bem assim. Spotify, por sua vez, prova que a premissa existente de que ninguém paga por um serviço online de música também não é bem assim. Realmente ninguém quer pagar pro música online, mas todo mundo paga por comodidade.

Imagem: Jon Aslund

8 comentários:

  1. No Brasil temos , pelo menos um, serviço semelhante, o SONORA, onde se pode baixar muitas músicas legalmente se pagando uma taxa.

    Eu prefiro músicas Creative Commom ou Podsave , ou da trama...Não sou muito ligado aos sons da moda mesmo.

    Mas sei que é sempre bom ter opções.

    Abraço.

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  2. Essa história de indústria fonográfica, pirataria e etc ainda da muito pano pra manga. Bom post. Mostra que alguns serviços na internet estão se adequando aos padrões dos usuários. Fora que a inciativa por parte da Spotify foi muito valida e inovadora.

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  3. Nossa, seria um sonho se desse bastante certo com as músicas daqui, né?
    Ótima matéria!

    Abraços
    www.borarir.com

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  4. Matéria super bem elaborada.
    Parabéns pelo blog.

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  5. Eu ainda prefiro ter o CD, com o encarte... tudo bem organizado numa estante.

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  6. Que saudade do Napster viu!! Quem é realmente fã da banda, mesmo baixando da net, acaba omprando o cd, não tem jeito.... baita babaquice esse lance de ficarem proibindo download... ¬¬

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  7. Olá!

    Que artigo interessante. Confesso que não conhecia esse serviço e fiquei bastante entusiasmado. A medida que há iniciativas saudáveis, é possível gerar receita a partir da web. Vou lá conferir!

    Abraço,

    http://cafecomnoticias.blogspot.com

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