A algumas semanas, quatro das maiores agências de social trends da América Latina se reuniram em torno do briefing de tendências globais realizado pela Future Laboratory em Londres. A platéia era composta por 300 gestores de marcas de peso como Sony, Microsoft, Coca Cola, Louis Vuitton, entre outras e no palco, se revezaram os melhores pesquisadores e analistas de tendências de longo prazo do mundo.
O motivo de tanto capital humano junto era a definição das quatro maiores tendências comportamentais a nível global. Comportamentos que irão lideram os próximos 10 anos da sociedade contemporânea e por isso produzir milhares de micro-tendências, modismos e inovações no mercado empresarial.
Devo admitir que a pauta desse encontro é realmente inspiradora, não fui a Londres para o evento, mais acompanhei tudo de perto via redes sociais, graças a poderosa tecnologia e a paciência do nosso representante. O programa foi aberto com uma introdução de impacto, que já daria sinais do que viria pela frente:
"Entramos em uma década de instabilidade, mudanças e novas palavras - uma década
em que as pessoas vão cada vez mais sofrer de insuficiência de filtragem e
apnéia da informação. Vamos enfrentar um tempo de esgotamento mental, físico e estético." disse Martin Raymond, CEO da Future Lab.
"Os consumidores estão, por um lado, começando a se ajustar para fora, se desligando e procurando revisitar valores essenciais da vida mas também buscando uma abordagem mais criativa, culta e despreocupada na forma como gastam seu tempo e dinheiro."
E essa insanidade tão bem explicada pelo Raymond, foi a faísca necessária pra começarem a abordar a primeira grande tendência que vai liderar os próximos 10 anos. Os chamados 'Turbulent Teens'.
Preparem-se para um passeio de montanha-russa que irá definir 2010-2020, cheio de altos e baixos, e uma insana explosão de hormônios que só os adolescentes conseguem criar. Já apelidada de "a década da mudança", nos próximos 10 anos, nós veremos um foco no reconhecimento do ambiente, aceleração dos custos na produção de alimentos, a expansão de uma classe média global e uma subida vertiginosa dos preços no mercado energético liderados por um novo mercado jovem preocupado com mudanças de leis fiscais e acima de tudo a ignorada "logística", área da gestão que irá se tornar de extrema importância na próxima década(quem vive em Nova York, Pequim, São Paulo e Tókio tem uma idéia do que estou falando).
Dentre algumas micro-tendências que já tomam forma sob o guarda-chuva do "TT", estão obviamente a valorização das redes sociais como ferramenta de trabalho, o posicionamento do "local sobre global", novos hábitos de consumo, como o re-valorização do artístico, tomando lugar do que durante décadas, foi a posição da tecnologia no mercado e o aumento do chamado "core business" como forma de valorizar o branding, um dos poucos ativos empresariais que não sofre tanto com crises, como a qual vimos em 2008/2009.
E nesse momento já fui atingido com uma marca pioneira e que fez a lição de casa depois do Briefing da Future Lab: A Coca Cola acabou de entrar no mercado de beleza, como uma linha de esmaltes em parceria com a Nails Inc. E isso é só o começo...
Nos próximos posts, volto a falar sobre o Briefing com as outras 3 macro-tendências apresentadas no evento.
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